Olá,
Espero que possamos adiantar algumas coisas  para facilitar nosso retorno que, também  desejo, seja breve.
Algumas atividades foram interrompidas e o calendário de avaliações será reformulado
quando voltarmos às aulas.
Uma atividade marcada era a segunda etapa do Projeto "Séculos XII a XIX através da Literatura" - Seleção e Análise. Neste caso, estou propondo duas possibilidades:
1.Enviar o trabalho( seguindo as recomendações dadas em aula e na postagem de 18/04)  para o meu email antes do término da greve.
kiki1954manzo@hotmail.com
ou
2. Deixar o trabalho pronto ( seguindo as recomendações dadas em aula e na postagem de 18/04) para ser entrege na primeira semana após o retorno.
Mandarei a mensagem  para os EMAILS  das salas. Gostaria que  houvesse comunicação entre os alunos para que todos tomassem conhecimento.
OUTRO ASSUNTO
 A Leitura, análise e avaliação da "Farsa de Inês Pereira", de Gil Vicente , também estavam marcadas e não havia mandado o Roteiro de estudo, que segue abaixo.
Respondam (completamente)as questôes  para avaliação oral e, quando retornarmos, darei um prazo para estudo e marcarei a avaliação. 
DÚVIDAS  PARA O EMAIL.
Observação : Continuarei enviando material para estudo. Avisem os colegas. ( Até a greve acabar).
Até breve
Kiki
ROTEIRO DE ESTUDO
“FARSA DE INÊS PEREIRA”, Gil Vicente
1.	Qual era o contexto histórico de Portugal e do mundo na época em que a peça foi escrita?(1523)
2.	Como era a língua falada em Portugal?
3.	Das poucas informações que se tem sobre a vida de Gil Vicente, registre tudo que pode ser considerado fundamental para o entendimento de sua obra.
4.	O texto em estudo pertence ao Gênero Dramático. Trata-se uma farsa. Pesquise e explique 
5.	Dê as características dos personagens:	 
              
                             FÍSICAS	PSICOLÓGICAS
INÊS PEREIRA		
MÃE DE INÊS		
LEONOR VAZ		
PERO MARQUES		
(Use o espaço necessário)
6.	Dê as características dos personagens:
LATÃO		
VIDAL		
BRÁS DA MATA (ESCUDEIRO)		
FERNANDO (MOÇO)		
LUZIA		
ERMITÃO		
(Use o espaço necessário)
7.	O que pretendia Inês da vida?
8.	“Esta vida he mais que morta. 
Sam eu coruja ou corujo, 
Ou sam algum caramujo 
Que não sai senão à porta? 
E quando me dão algum dia 
Licença, como a bugia, 
Que possa estar à janela, 
É já mais que a Madanela “
  Quando achou a aleluia”
Comente a estrofe e a intertextualidade nela existente
9.	“MÃE Logo eu adivinhei 
Lá na missa onde eu estava, 
Como a minha Inês lavrava 
A tarefa que lhe eu dei... 
Acaba esse travesseiro! 
Hui! Nasceu-te algum unheiro? 
Ou cuidas que é dia santo? 
INÊS Praza a Deos que algum quebranto? 
       Me tire do cativeiro.”
Como a Mãe caracteriza o comportamento de Inês e qual a reação da moça?
10.	Quais os conselhos que a mãe lhe dava?
11.	Quem era Leonor Vaz?
12.	O que Leonor Vaz e a mãe de Inês têm em comum? A esse respeito, que comentário sobre os costumes da época poderiam ser feitos?
13.	Qual a crítica social exposta no episódio do “clérigo”, narrado pela alcoviteira?
14.	Como reagiu Leonor às investidas do “clérigo”?
15.	Qual a razão da visita de Leonor Vaz?
16.	Qual a reação de Inês às propostas da alcoviteira? Que tipo de marido Inês pretende?
17.	Leonor Vaz traz uma carta com uma proposta de casamento. Quem é o remetente e o que se pode saber dele pela linguagem da carta?
18.	O que quer a personagem dizer com “LEONOR...ou seja sapo ou sapinho,? Ou marido ou maridinho,/ pegue aquele que vier,/ este é o certo caminho”  e MÃE...”? Que conselho pretende dar a Inês?
19.	Quando Pero Marque se apresenta pessoalmente, que impressão passa aos leitores ( e platéia) ?
20.	Como reagiu Inês?
21.	Embora Leonor Vaz e os judeus ( Latão e Vidal ) exerçam a mesma função, há diferenças entre eles. Aponte-as.
22.	Por que os judeus se lamentam tanto das dificuldades encontradas na procura do pretendente desejado por Inês?
23.	“MOÇO Que vos praz? 
ESCUDEIRO A viola. 
MOÇO (Oh! como ficará tola 
Se não fosse casar ante 
Co mais sáfio bargante 
Que coma pão e cebola!). 
Ei-la aqui bem temperada, 
Não tendes que temperar 
ESCUDEIRO Faria bem de ta quebrar 
Na cabeça bem migada! 
MOÇO E se ela é emprestada, 
Quem na havia de pagar? 
Meu amo, eu quero m'ir.”
Sáfio. Adj. O mesmo que sáfaro. Grosseiro; rude. Ordinário; vil. 
BARGANTE: Que ou quem tem maus costumes; libertino,patife,velhaco. 
Por este e outros trechos, comente a situação econômica do Escudeiro.
24.	Como se apresenta o Escudeiro a Inês e à mãe? Caracterize-o usando elementos da sua própria fala.
25.	Inês e a mãe reagem de maneiras diferentes com relação à apresentação do Escudeiro. Comente essa diferença.
26.	Poder-se-ia dizer que a canção cantada no casamento de Inês faz uma previsão de como será sua vida futura? Traduza-a e explique.
«Mal herida va la garça 
Enamorada, 
Sola va y gritos dava. 
A las orillas de um rio 
La garça tenia el nido; 
Ballestero la ha herido 
En el alma; 
Sola va y gritos dava.»
27.	Comente as proibições que o marido faz a Inês e suas esperanças frustradas
‘ESCUDEIRO Será bem que vos caleis. 
E mais, sereis avisada 
Que não me respondais nada, 
Em que ponha fogo a tudo, 
Porque o homem sesudo 
Traz a mulher sopeada. 
Vós não haveis de falar 
Com homem nem mulher que seja;
Nem somente ir à igreja 
Não vos quero eu leixar 
Já vos preguei as janelas, 
Por que não vos ponhais nelas. 
Estareis aqui encerrada 
Nesta casa, tão fechada 
Como freira d'Oudivelas
 
28.	Quando se vê trancada, Inês canta “Quem bem teme e escolhe mal/ por mal que lhe venha ,não se queixe.” . A música é apropriada à sua situação?
Explique.
29.	Em sua solidão, Inês se arrepende e faz reflexões sobre comportamento do marido. Comente  os pensamentos da personagem.“INÊS_...
Renego da discrição 
Comendo ò demo o aviso, 
Que sempre cuidei que nisso 
Estava a boa condição. 
Cuidei que fossem cavaleiros 
Fidalgos e escudeiros, 
Não cheios de desvarios, 
E em suas casas macios,
 E na guerra lastimeiros. 
Vede que cavalarias, 
Vede que já mouros mata 
Quem sua mulher maltrata 
Sem lhe dar de paz um dia! 
Sempre eu ouvi dizer 
Que o homem que isto fizer 
Nunca mata drago em vale 
Nem mouro que chamem Ale:”
30.	Qual é o juramento de vingança que Inês f az, se voltar a ficar solteira?“
E assi deve de ser. 
Juro em todo meu sentido 
Que se solteira me vejo, 
Assi como eu desejo, 
Que eu saiba escolher marido, 
À boa fé, sem mau engano, 
Pacífico todo o ano, 
E que ande a meu mandar 
Havia m'eu de vingar 
Deste mal e deste dano!”
31.	Como Inês reagiu à sua viuvez ? A que conclusões chega sobre o marido morto e o que pretende  para sua vida?
INÊS Mas que nova tão suave! 
Desatado é o nó. 
Se eu por ele ponho dó, 
O Diabo me arrebente! 
Pera mim era valente, 
E matou-o um mouro só! 
Guardar de cavaleirão, 
Barbudo, repetenado, 
Que em figura de avisado 
É malino e sotrancão. 
Agora quero tomar 
Pera boa vida gozar, 
Um muito manso marido. 
Não no quero já sabido, 
         Pois tão caro há de custar.”
32.	A protagonista recebe uma nova visita de Leonor  Vaz  que torna a falar de Pero Marques e percebe que Inês mudou de opinião. Demonstre isso, utilizando-se do trecho abaixo
“LIANOR Dai isso por esquecido, 
E buscai outra guarida. 
Pêro Marques tem, que herdou, 
Fazenda de mil cruzados. 
Mas vós quereis avisados... 
INÊS Não! já esse tempo passou. 
Sobre quantos mestres são 
Experiência dá lição. 
LIANOR Pois tendes esse saber 
Querei ora a quem vos quer 
       Dai ò demo a opinião.”
33.	 “Inês -Andar! Pêro Marques seja. 
Quero tomar por esposo 
Quem se tenha por ditoso 
De cada vez que me veja. 
Por usar de siso mero, 
Asno que me leve quero, 
E não cavalo folão. 
Antes lebre que leão, 
Antes lavrador que Nero.”
Explique os versos, destacando o mote que deu origem à obra:
34.	Comente a “cerimônia” de casamento de Inês e Pero Marques?
Vem Lionor Vaz com Pêro Marquez e diz Lianor Vaz: 
“Lianor — Não mais cerimônias agora; 
Abraçai Inês Pereira 
Por mulher e por parceira. 
Pêro Há homem empacho, má hora, 
Cant'a dizer abraçar.. 
Depois que a eu usar 
Entonces poderá ser: 
Inês — (Não lhe quero mais saber 
Já me quero contentar..). 
Lianor — Ora dai-me essa mão cá. 
Sabeis as palavras, si? 
Pêro — Ensinaram-mas a mi, 
Porém esquecem-me já... 
Lianor — Ora dizei como digo. 
Pêro — E tendes vós aqui trigo 
Pera nos jeitar por riba? 
Lianor — Inda é cedo... Como rima! 
Pêro -Soma, vós casais comigo, 
E eu com vosco, pardelhas! 
Não cumpre aqui mais falar 
E quando vos eu negar 
Que me cortem as orelhas. 
Lianor — Vou-me, ficai-vos embora.”
35.	Logo após o casamento com  Pero Marques, Inês  informa ao marido que irá sair. Como reage ele? Compare as atitudes dos dois maridos da protagonista.
“Inês — Marido, sairei eu agora, 
Que há muito que não saí? 
Pêro — Si, mulher saí-vos i, 
Qu'eu me irei pera fora. 
Inês — Marido, não digo isso. 
Pêro — Pois que dizeis vós, mulher? 
Inês — Ir folgar onde eu quiser 
Pêro  I onde quiserdes ir, 
Vinde quando quiserdes vir 
Estai onde quiserdes estar. 
Com que podeis vós folgar 
Qu'eu não deva consentir?”
36.	Quem é o Ermitão? 
“Inês — Tomai a esmola, padre, lá, 
Pois que Deus vos trouxe aqui. 
Ermitão- Sea por amor de mi 
Vuesa buena caridad. 
Deo gratias, mi señora! 
La limosna mata el pecado, 
Pero vos teneis cuidado 
De matar-me cada hora. 
Deveis saber 
Para merced me hacer 
Que por vos soy ermitaño. 
Y aun más os desengaño: 
Que esperanças de os ver 
Me hizieron vestir tal paño. 
Inês -Jesus, Jesus! manas minhas! 
Sois vós aquele que um dia 
Em casa de minha tia 
Me mandastes camarinhas, 
E quando aprendia a lavrar 
Mandáveis-me tanta cousinha? 
Eu era ainda Inesinha, 
Não vos queria falar. 
Ermitão- Señora, tengo-os servido 
Y vos a mi despreciado; 
Haced que el tiempo pasado 
No se cuente por perdido.
 
Inês- Padre, mui bem vos entendo 
Ó demo vos encomendo, 
Que bem sabeis vós pedir! 
Eu determino lá d'ir 
À ermida, Deus querendo. 
Ermitão — E quando? 
Inês- I-vos, meu santo, 
Que eu irei um dia destes 
Muito cedo, muito prestes. 
Ermitão — Señora, yo me voy en tanto’”
37.	Comente a situação da cena:
‘’Inês -Em tudo é boa a conclusão. 
Marido, aquele ermitão 
É um anjinho de Deus... 
Pêro — Corregê vós esses véus 
E ponde-vos em feição. 
Inês — Sabeis vós o que eu queria? 
Pêro— Que quereis, minha mulher? 
Inês — Que houvésseis por prazer 
De irmos lá em romaria. 
Pêro — Seja logo, sem deter’’
38.	Qual teria sido a intenção do autor ao escrever a cena seguinte?
“Inês — Passemos primeiro o rio. 
Descalçai-vos. 
Pêro — E pois como? 
Inês — E levar me-eis no ombro, 
Não me corte a madre o frio. 
Põe-se Inês Pereira às costas do marido, e diz: 
Inês — Marido, assi me levade. 
Pêro — Ides à vossa vontade? 
Inês — Como estar no Paraíso! 
Pêro — Muito folgo eu com isso.”
39.	O argumento da peça A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, consiste na demonstração do refrão popular “Mais quero asno que me carregue que cavalo que me derrube”. Identifique a alternativa que não corresponde ao provérbio, na construção da farsa:
(A) A segunda parte do provérbio ilustra a experiência desastrosa do primeiro casamento.
(B) O escudeiro Brás da Mata corresponde ao cavalo, animal nobre, que a derruba.
(C) O segundo casamento exemplifica o primeiro termo, asno que a carrega.
(D) O asno corresponde a Pero Marques, primeiro pretendente e segundo marido de Inês.
(E) Cavalo e asno identificam a mesma personagem em diferentes momentos de sua vida conjugal.
40.	Encontre no texto elementos que caracterizem o Humanismo como transição entre a Idade Média e a Era Clássica.
(valores espirituais X valores materiais) 
RESPONDA O MAIS COMPLETAMENTE POSSÍVEL E  PREPARE-SE PARA A 
AVALIAÇÃO.
PERGUNTE, ANTES DA AVALIAÇÃO
NÃO HAVERÁ CONSULTAS AO CADERNO
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